segunda-feira, 19 de novembro de 2012

MOSTRANDO SEUS TRABALHOS


Você que escreve poesias, contos, peças de teatro, letras de musicas, venha fazer parte desta cooperativa, pois estamos trabalhando para divulgar todos os trabalhos dos associados.
Você que já se inscreveu, envie seus trabalhos para serem divulgados.
Seus trabalhos deverão ser enviados para o e-mail da Coapar.

Vamos postar aqui, mais um trabalho de Dul Victor, vejam aí.

SÚPLICAS DE UM MORIBUNDO


Olha Senhor!
Olha pra este corpo imundo
É o corpo de um moribundo,
Que clama vossa atenção.
Este corpo sem vida,
É desta alma perdida,
Que clama vosso perdão.
                   
                     Percebes Senhor,
                    Que estou meio envergonhado,
                    Por não ter lhe procurado,
                    Quando estava deprimido,
                    Procurei auxilio na bebida,
                    Nas mulheres da vida,
                    Mas não busquei tua ajuda,
                    Agora em tua frente,
                    A vergonha aflora a mente,
                    E a boca fica muda.

Olha Senhor!
Estou envergonhado
De ter me afastado,
De sua sagrada proteção.
Não vou dizer que foi sina
Ter me afundado em cocaína,
Bebidas e prostituição.
Até mesmo blasfemei,
Quando injuriado afirmei
Que estavas me castigando,
Mas de tanto sofrer
Posso compreender
Que eu estava me matando.
                    
Sabe Senhor?
Eu me sentia o galã,
Tinha ídolos
Tinha fã,
Afundava-me na ambição.
Com a arma na cintura,
Era a mais forte criatura
Sentia-me o valentão.


                                   Creio que o senhor sabe,
                                   Que eu já tive grana
                                   Já tive fama,
                                   Ficava orgulhoso, exibido.
                                   Já roubei coitados,
                                   Já tive carros importados
                                   Já fui bandido,
                                   Mas agora estou acabado,
                                   Agora estou perdido.


É Senhor!
Não aguentei o batente
De viver como delinquente,
E ingerir tantas porcarias!
Meu corpo se atrofiando,
As células se deteriorando,
Até chegar a agonia.

Olha senhor,
De tudo o que consegui
Não tenho nada,
Só tenho a estrada,
Esta rua pra dormir.
Sempre vivi na baderna,
Não acreditei na vida eterna,
Hoje tenho sede, tenho fome.
E esta dor que me consome
Faz-me parar e refletir.
                      
                Olha senhor!
                Olhe bem, senhora!
                Olhe pra mim agora,
                Mas não tenha compaixão,
                Pois quando eu estava bem,
                Não ligava pra ninguém,
                Era uma maldição!
                Já causei sofrimentos,
                Já destruí casamentos
                Praticando a traição.
                Gostava da vida boa,
                 Não fui uma boa pessoa,
                 Por isso peço perdão!

 Veja Senhor!
 Esta carcaça apodrecendo,
A alma padecendo,
Implorando teu perdão!
Talvez seja tarde pra procurar,
Mas é o que posso tentar,
Neste momento de aflição.
 Peço-lhe Senhor!
Tire minha alma dessa carcaça,
Limpe-a com tua graça,
Purifique-a com teu perdão!
 
                              É Senhor,
                              Fui como uma erva venenosa,
                              Como uma planta espinhosa,
                              Feria quem me procurava,
                              Agora estou em sua frente,
                              Moribundo convalescente
                              Como nunca esperava.

Senhor,
Olha pra mim neste momento,
Estes são meus últimos movimentos            
Com dores no coração!
Olha a súplica deste imundo,
É a súplica de um moribundo!
Implorando vosso perdão!

Senhor!
Olha desta vez pra mim,
Não deixa ter um fim
Esta pobre alma!
Pois agora se aquieta,
Agora se acalma!

Dul Victor
Alterado em 03/08/2012